Pieguice? Que seja!!!

Eu sempre achei um tanto piegas essa história de analisar o que passou, dizer que se vai melhorar etc etc...

Entendam que o fato em si não é a questão: o problema consiste em se fazer esta análise somente nesta época do ano! Ser bom, caridoso, humanitário somente nessa época!

Como se todo o ano que passou você não tivesse tido a oportunidade de ser melhor, de se fazer melhor!

É bem verdade que há um tanto de triste (para mim) nesta época do ano!

E me deixo abalar por isso, por ter que voltar e ver tudo o que (não) deixei em busca de mim e saber que ainda não cheguei ao fim desse processo (apesar de ter acreditado estar próxima disso)!

Bem, mas o fato aqui é outro: a retrospectiva em si! A análise!

A quem interessar possa 2009 foi um ano surpreendente para mim!

E põe surpreendente!

Saí da minha zona de conforto, tanto consciente quanto inconscientemente!

E com isso sofri, e cresci muito!

Enfim estou sabendo delinear meu horizonte de sentido e acredito agora estar no caminho certo!

Chega de atalhos ou muletas!

(mas será difícil ainda de me ver totalmente livre delas - é um árduo processo!)

Dancei...

Pulei...

Cantei...

Joguei, brinquei...

Estudei...

Ralei...

Aprendi a selecionar...

mas não demais!

Trabalhei...

Sorri...

Fiz novos amigos...

Reencontrei os antigos...

Me apaixonei...

Fiz um blog...

Me comprometi

Terminei...

Comecei...

Chorei...

Sonhei...

Beijei...

Abracei...

Amei!!!

Amarei!!!

E continuarei a fazer tudo isso sempre...

Que venham novos dias, novos meses, um novo ano, uma nova década!

Que venham novos aprendizados, novas paixões, novos amores, novos amigos, deixando espaço para tudo que tenho ajuntado esses anos!

Que todos tenhamos um ótimo ano!

Pra sair da mesmice...

... posto uma letra que encontrei futricando na net!

Cansei de não gostar de mim
Daqui pra frente não vai ser mais assim
Serei o meu melhor amigo
Inimigos como eu não preciso
Então vêm, eu te convido
Quer dividir comigo o paraíso?
O inferno é meu velho conhecido
Te mostro meu esconderijo
Desculpas já não peço mais
Fui ao inferno procurando paz
Não vou desperdiçar alegria
Amor, não precisa de filosofia
Cada ruga em mim te merece
Não confunda os desejos, agradece
E os presentes que eu te dei
São espinhos que em carinho transformei
Desculpas já não peço mais
Fui ao inferno procurando paz...
O que feriu a minha pele
me ajudou a entender
que a dor de quem se esquece é cruel
como nem o inferno pode ser.
Desculpas já não peço mais...

Slow motion

Interessante ver como as coisas mudam em um instante!

Ou será que isso acontece somente comigo?

Europa, estudos, exército: ficar, partir...

São tantos caminhos que se abrem e de tantas opções pode-se estagnar...

Geralmente o que acontece!

Como ter esses impulsos sempre renovados?

O que define o movimento?

E porque sempre voltar ao mesmo ponto?

Sinto sim tudo em movimento, evolução...

e me passa aos olhos como em slow motion, porém não capturo!

Apenas o que se deve partir é o que permanece!

Gravado na pele! Na mente!

À ferro, no aço blindado que se permitiu abrir uma vez, e outras, entreaberta...

Que de tão pequeno se faz um esforço imenso para se passar, tanto de um lado quanto de outro.

E continuo a procurar entender qual o mistério!

Mesmo com um lento caminhar, mas sempre com um sorriso e esperança!

E sorrio de mim...

E realmente eu posso sentir (não que os demais não sejam capazes!)...

Aquela brisa que consegue ultrapassar todas as paredes e me tocar, e envolver, anunciando que vem chuva por aí...

Aquele comprimir o peito que faz com a gente chore de angústia, sem saber bem o porquê!

Aquela sensação de não ter vivido sua própria vida ao não conseguir relembrar rostos tão familiares mas esquecidos no tempo!

A segurança em voltar a sua cidade, àquela pracinha onde você detestava passear no Natal e se alegrar ao ver as luzes novamente, sob um aspecto bem mais contemplador!

E a brisa continua a me envolver...

o que será que quer me dizer?

Que as esperenças se renovarão?

Ou tentam me trazer boa nova e avisar que esperar é em vão?

Teço a cada dia o meu momento, uma vez que é impossível refazer meu passado e meu futuro está distante e é tão volátil, tão incerto que nem sei se o terei!

E dessa forma, procuro me presentear com o hoje!

Orgulho e lágrimas

Quem diria!!!
E quando penso assim não é por desfazer ou mesnosprezar, ou mesmo subestimar sua capacidade!

Isso reflete o espanto que me causa ver o homem em que você se transformou!

Quem diria?
Aquela recém-nascido tão pequenino, de cabelos espetados e olhos negros agora, aqui, um homem!
E ao mesmo tempo um menino!
Aquela criança tão encrenqueira e medrosa, que não me deixava assistir aula por não querer ficar com pessoas estranhas na sala, pois eu seria sempre sua heroína "maninha", ou não poder ouvir fogos sem se assustar! Que implicava sempre conosco!

E quem saberá tudo o que você passou pra chegar aqui?
E quem se importava até então?

Estive tão preocupada com meus próprios processos que esqueci de olhar em volta!
E como fui covarde e cruel ao afastá-lo de mim!
Comigo e contigo de nos privarnos dessa maravilha que é o companheirismo e a cumplicidade!

Não consigo disfarçar a emoção de vê-lo, feito, em minha frente!
E derramo lágrimas!

Não pelo tempo perdido, não por inveja ou frustração!
De orgulho!
Um orgulho que não cabe no peito e tem que sair: que sejam então as lágrimas a sua expressao!

E, se por um fator infeliz e doloroso a vida me trouxe sua cumplicidade e amizade de volta. que venham outras decepções e desilusões para cada vez, mais e mais, ser tua parceira!

Teu apoio me é muito caro, tuas colocações, percepções de quem há muito deixou de ser um garoto que apenas me aborrecia!

Meu filho...
Estou muitíssimo orgulhosa!
Parabéns!
E obrigada, Senhor, por mais esta graça!